Caríssimos amigos,
Este país vai de mal a pior, e se não tomamos uma atitude não ficamos pela «tanga», mas acabamos completamente despidos…
Neste momento já andamos despidos, pelo menos algumas pessoas, de responsabilidades, de palavra, no seu sentido mais profundo, de frontalidade…
O caso que vou apresentar poderia bem ser utilizado pelos vários humoristas que nos assaltam a casa a partir da televisão, mas sendo algo tão baixo e tão frustrante nem se dá conhecimento (pois…não convem!).
Os alunos da classe de flauta transversal da ESMAE (escola superior de musica e artes do espectáculo do porto), tal como todos os outros pagaram as suas propinas, e tal como todos os outros foram para a escola para terem aulas, a verdade é que neste ponto as coisas já não acontecem tão lineares, pois estranhamente estes não tiveram a disciplina principal do seu curso!
Voltando atrás no tempo…
O professor que leccionava apresenta a sua reforma.
Abrem os pré-requesitos para este curso.
Dão-se as provas onde são seriados os alunos.
Começam as aulas sem professores!
Algo me escapa!
Na verdade não consigo perceber como pode acontecer uma coisa destas no ensino superior em Portugal, e principalmente como podemos falar de um maior nível de ensino quando ainda acontecem coisas assim.
As aulas de flauta só tiveram início no mês de Janeiro do ano corrente, com novos professores, tendo sido estes escolhidos por concurso, concurso este um pouco confuso, quer em prazos, quer em critérios de seriação, pois os resultados só foram afixados um mês depois da seriação (tanto tempo? A Floribela repete no outro dia!!!)
Até então nunca os alunos receberam uma informação condigna e precisa, pois em muitos casos existiram informações contraditórias, e chegou mesmo ao ponto de alunos receberem respostas como «há coisas mais importantes que as aulas de flauta!!!», quando as pessoas não sabem o que dizem, mais vale…
Como é normal, e sendo um direito dos alunos, estes preocuparam-se em saber para onde tinha ido o dinheiro da sua propina, pois pagaram por uma coisa que não tiveram, e a resposta sempre foi que essas aulas iriam ser repostas, o que na verdade sempre foi um «tapa olhos», pois estas aulas nunca vão ser repostas, e mesmo que fossem nunca teriam o mesmo aproveitamento que no calendário normal.
Então para onde foram as propinas dos alunos?
Se os alunos são quem faz funcionar uma escola não deveriam ser estes os mais bem informados, e com primeira prioridade?
Se isto continua assim onde vamos parar?
Não deixemos que mais «fraudes» como estas ocorram nos nossos dias, e por isso peço as pessoas que dizem ser pessoas com responsabilidades para reverem as suas prioridades.
Abraço deste vosso amigo
Simão Francisco
. Encontro Nacional ACR- Vi...