Devido ao frio que se fazia sentir na zona de Padrão da Légua, o grupo coral «júnior» resolveu juntar-se e refugiar-se na freguesia de São Romão, perto de Seia ( Serra da Estrela ), numa pequena e acolhedora casinha, intitulada «Casa das Mimosas».
Foi em tudo um fim de semana em cheio, onde o convívio, a partilha, a solidariedade, e o calor humano entre dezanove pessoas se fizeram sentir de um modo muito especial.
Tudo começou no dia oito de Dezembro com encontro na «igreja da terra», onde se celebrou a Eucaristia antes da partida para uma grande aventura. Esta Eucaristia tinha um sabor muito especial…para além de nos dar forças para a nossa caminhada, era o dia de Maria, que aliás nos serviu ao longo do fim de semana como um grande exemplo de entrega e disponibilidade para com os outros, mas principalmente com o Pai (mas o que são os outros senão o Pai?).
Depois da Eucaristia celebrada pelo padre Mário, lá veio a agitação de arrumar as bagagens na carrinha que nos levaria até ao acolhimento da Natureza, no seu estado mais puro. Mas o mais complicado não foi o arrumar…foi mesmo o dizer adeus aos familiares! Ninguém sabia o que nos esperava, mas com esperança e alegria entregámo-nos de coração aberto a este fim de semana, em que se podia constatar um convite do Pai para uns dias diferentes.
E lá fomos nós conduzidos pelo Pai, mas a carrinha foi pelas mãos do «homem dos STCP», o grande companheiro Sr. Ferreira.
A viagem foi uma «coisa emocionante», onde o sono era tanto que quase todos iam com a cabeça encostada de modo confortável, mas penso eu, foi a melhor forma de concentrar forças para o que ai vinha!
Mal chegamos «a barriga deu horas», mas como não escapou nada à nossa amiga Susana, lá fomos nós até um Restaurante muito quentinho e acolhedor, onde o toque caseiro se fez sentir em tudo.
Acabado o almoço eram horas de ir «até casa», mas o alcatrão da estrada não podia com a carrinha e lá nos juntámos ao Armando, ou seja, ora a pé ora andando!
Entre cantigas e rizadas lá chegamos ao local que desde inicio prometeu um grande encontro.
E começou então a descoberta do sitio a que chamaríamos casa durante três dias.
Entre brincadeiras, e «jogos de reconhecimento» o pessoal lá se foi conhecendo e aproximando, até que chegou a linda hora do jantar, em que a sopinha «da mãe da Susana» fez maravilhas às barrigas do pessoal.
O serão foi um bom momento de alegria em que os pequenos teatros feitos pelos grupos serviram para aquecer um pouco a alma pois o corpo estáva «gelado».
Da noite nem se fala…fria, em claro, e com constantes tentativas de adivinhar o que ai vinha.
________________________2º DIA____________________________________
O frio foi uma constante em todo o fim de semana, mas nem por isso a vontade de viver o momento foi «abaixo».
Após o pequeno-almoço lá fomos nós passear e resolvemos ir «visitar a velha»! Qual o destino? A cabeça da velha. Estranha pedra perdida no meio da Serra, em que vista de perfil nos é apresentada um rosto de «uma velha», em que nem os dentes, ou melhor, dentadura, faltavam, pois a tradição da zona é baseada no facto de os habitantes colocarem pequenas pedras para simbolizar os dentes, e diga-se que com grande sucesso.
Não podia faltar a oração, e lá fomos radiantes até ao louvor da manhã, em que a simples paisagem já era um grande louvor a grandiosidade do Senhor. Além de um momento de louvor, foi um momento de partilha, onde cada um falou sobre o que lhe percorria a alma.
Dlim-Dlam!!! Hora do almoço!!
Pois é, a hora de almoço chegou, e como o estômago já pedia, lá fomos nós até casa, onde saboreamos um alimento preparado pela D. Luísa.
À tarde NEVE!
Ir à Serra da Estrela e não ver neve, é como ir a Roma e não ver o Papa!!!
Foi o momento alto do encontro onde os jovens perderam o frio, e os mais velhos renovaram a sua alma de jovens, entrado numa verdadeira guerra de bolas de neve!
Devido ao avançar das horas lá tivemos que voltar à nossa casinha onde nos aquecemos e renovamos forças.
O serão desta noite foi uma autentica aula de vida, onde, em diálogo aprendemos a viver em comunidade, pois nem sempre é fácil. Nesta aula três palavras soaram nos nossos corações: PARTILHA, ENTREGA e DISPONIBLIDADE.
________________________ULTIMO DIA______________________________
O ultimo dia tinha dois sabores, o de tristeza e o de alegria. Tristeza por nos irmos embora, e alegria pelo facto de nos ter sido dado a oportunidade de viver estes grandes momentos.
O encontro não podia finalizar de melhor maneira. Fomos até à vila onde participamos na Eucaristia, seguindo-se o almoço onde o Padre Mário não faltou, e nos saudou com a sua presença.
Depois…«CHEGOU A HORA DO ADEUS».
Lá fomos nós com um grande sorriso no rosto, revivendo no nosso coração todos os momentos que vivemos como irmãos.
Antes de voltarmos ao nosso ritmo fizemos a nossa oração de despedida, e partilhamos o que tinha sido para nós este encontro. A avaliação não podia ser melhor, e cada um pela sua razão.
Em grande parte estes dias só foram realizáveis graças ao grande empenho de duas grandes amigas, chamadas Susana e D. Luísa, que de coração aberto disponibilizaram o seu tempo para poder organizar estes dias da melhor forma possível. A elas o nosso muito OBRIGADO.
Contudo não podemos esquecer que a participação de todos é importante, e neste caso não seria o mesmo se alguém falta-se.
A todos os participantes agradeço o facto de me terem oferecido este grande encontro.
Abraços grandes deste amigo que nunca mais vos vai tirar do coração.
Simão Francisco
http://fotos.blogs.sapo/simaofrancisco
. Encontro Nacional ACR- Vi...